Hoje deu-me vontade de escrever. Não sei bem o que se passa dentro de mim, parece uma batalha de sentimentos que não consigo travar.
Por vezes sinto-me sozinha e abandonada por todos. Preciso de desabafar e gritar e sinto que não tenho ninguém para me ajudar. Sinto-me perdida talvez e, ao mesmo tempo, sinto que toda a gente está sobre mim e que não me deixem em paz, não me deixam respirar. Por vezes preciso só de uma palavra amiga e parece que nesse momento toda a gente decidiu abandonar-me e não se importar comigo.
Cada vez me sinto mais confusa. Tenho tido forças, sim… mas será que vão durar para sempre? Com tanta pressão, tanta tristeza, tanta confusão, tanta desilusão, tanto abandono, sinceramente não sei se restarão muitas mais.
Cada dia que passa enfrento tudo o que vai dentro de mim: disfarço as tristezas e emoções e calo-me perante algumas situações. Disfarço as tristezas para não me magoar ainda mais. Calo-me pois não quero ser um fardo para ninguém e com isto consigo ver o que realmente as pessoas são.
Hoje, neste momento, sinto-me cansada, sinto-me baralhada. Cada vez estou mais sozinha e ninguém parece preocupar-se com isso.
Hoje estou em baixo e nada me anima. Só quero que ninguém me chateie.
Segundos e segundos a pensar no passado e no presente e sem conseguir chegar ao futuro. Rebentarei? Sinceramente não sei. Mas se isso acontecer só espero estar sozinha porque por muito que algumas pessoas devessem ouvir umas verdades, prefiro deixar que percebam os próprios erros sozinhas.
Vou viver vivendo, aos poucos e poucos… estarei feliz? Quem sabe… mas não para já. Vivo assim e viverei até algo me fazer verdadeiramente feliz, até algo valer a pena.
Se o ódio que sinto por ti se transformasse em amor, eras a pessoa mais amada do mundo!